Religião
A tragédia de um devoto a Deus: Lições da vida de Sansão
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A entrega ao inimigo e o retorno ao Senhor
A história trágica de Sansão se repetiu muitas vezes desde então. Os efeitos do insistente inimigo são inacreditáveis. Primeiro vem a debilidade mortal: “… ficando ele a ponto de morrer” (Juízes 16.16). – Desperte, meu irmão e minha irmã, você – Sansão – que está debilitado. O pecado anestesia e quebra a sua capacidade de decisão, ofusca a sua capacidade de discernimento. Depois acontece a incompreensível despreocupação de Sansão. O pecado cega completamente. Ele simplesmente anda sem discutir ao encontro de sua derrota. Vejo diante de mim os incontáveis “Sansões” que não querem abandonar um pecado. Você é um deles?
A transição trágica na vida de Sansão foi: “Mas não sabia que o Senhor o tinha deixado” (verso 20). Esse homem consagrado a Deus, que tantas vezes podia confiar na vitória pela força do Senhor, só descobriu que este havia se afastado dele depois que o inimigo o atacou com toda força. Ele não havia percebido. – Também aqueles, os incontáveis que, mesmo em sua vida de fé em Jesus, não querem abandonar certos pecados, não sabem que o Senhor se afastou deles, e eles não imaginam que sua confiança no poder da vitória do Senhor, em meio aos perigos de morte, não tem mais fundamento por não estarem dispostos a viver seriamente. Também estes que esconderam do Senhor certas áreas de sua vida não veem que, por essa razão, ele se afastou. A maioria somente nota isso na hora da morte; então, no entanto, é muito tarde!
O que faz o inimigo quando consegue conquistar uma fortaleza antes consagrada a Deus? “Os filisteus o prenderam, furaram os seus olhos…” (verso 21). Cego! – Você também não consegue mais enxergar o Senhor Jesus por causa de sua obstinada desobediência? “… e o levaram para Gaza”. O levaram para baixo, para baixo foi o ungido de Deus. – E você, também está indo para baixo? “Prenderam-no com algemas…” Você também se encontra amarrado em algemas por um pecado insignificante? Elas tornaram o mundo de Sansão muito pequeno e sem sentido. “… e o puseram a girar um moinho na prisão”. Ele girava num mesmo círculo e estava sem perspectiva alguma.
Retorno ao Senhor
Havia um meio de retorno para Sansão? Sim! Podemos defini-lo com uma palavra: arrependimento.
Lá estava ele tateando entre as duas colunas da edificação, na qual se encontravam milhares de filisteus. Ali estava o anteriormente forte herói, agora impotente, cego, motivo de zombaria para seus inimigos. Subitamente ouviu-se, de seu peito, um brado de arrependimento diante de Deus: “Ó Soberano Senhor, lembra-te de mim! Ó Deus, eu te suplico, dá-me forças, mais uma vez…” (verso 28). Então o céu se abriu sobre ele e a força de Deus veio a ele novamente. O Senhor concedeu sua graça e perdoou todos os seus pecados. – E você, “Sansão”, clame ao Senhor com sincero arrependimento em seu coração. Confesse a ele os seus pecados. Fale a ele de seu lastimável fracasso.
Posso observar duas consequências do sincero arrependimento de Sansão:
- Ele colocou sua vida nesse arrependimento e clamou enquanto o poder de Deus se manifestava novamente em sua vida: “Que eu morra com os filisteus!” (verso 30). – Não há outra maneira além dessa. Quem de fato se arrepende abandona a própria e velha vida na morte do Senhor Jesus.
- Por meio da sua morte surge a luz do Cordeiro que morreu, mas é vitorioso. Surge diante de nossos olhos o milagre incompreensível: onde vemos Sansão sucumbir diante da morte e vencer mais inimigos do que venceu em sua vida (verso 30), vemos o Cordeiro sacrificado que, ao oferecer sua vida, por si mesmo venceu todos os inimigos, a morte, o inferno e Satanás (Colossenses 2.15).
E você, que talvez seja um “Sansão” desqualificado, você, consagrado a Deus cuja força está quebrantada pelo pecado, há para você uma maneira de retornar? Sim! É esta: curve-se diante de Deus em arrependimento. Nesse arrependimento, coloque sua própria vida pecaminosa na morte de Jesus, na cruz do Gólgota. Então você perceberá que ele transforma a maldição em bênção; que o poder do Senhor se renova em você; que a vitória de Jesus agirá em você mais do que antes, sim, ilimitadamente.